Sucesso do projeto que ensina noções de informática gerou turmas, também, em outras capitais do país

Idealizado pela UniRitter, o programa de letramento digital para trabalhadoras domésticas está sendo ampliado em 2023 para outras instituições de Ensino Superior do ecossistema Ânima. O Mulheres Tech tem o apoio da ong Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e da Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e, além de Porto Alegre, está sendo aplicado neste ano no Rio de Janeiro (IBMR), em Salvador (UNIFACS), em São Paulo (USJT) e no Recife (UNIFG).

A formação que visa à alfabetização digital tem carga horária de 120 horas. Na UniRitter, as aulas serão às quartas-feiras à noite, a partir de 27 de setembro. As inscrições podem ser feitas no link, até o próximo dia 25. Durante o curso, são repassadas informações sobre introdução ao mundo e ao pensamento digital, manuseio e utilização de ferramentas tecnológicas básicas de comunicação, desenvolvimento de competências a partir de mecanismos lúdicos de tecnologia e de habilidades como comunicação, desenvolvimento pessoal, trabalho em equipe e resolução de problemas.

Jornada de empoderamento

Em todas as unidades, as aulas são ministradas por estudantes das instituições, sob supervisão dos professores e de profissionais da Themis, além do acompanhamento da Ânima Lab Hub. As participantes ainda têm a oportunidade de vivenciar formações práticas, usar ferramentas tecnológicas do dia a dia, aplicativos e muito mais. A iniciativa é mais do que um programa de treinamento tecnológico, trata-se de uma jornada de empoderamento que visa a quebrar barreiras e criar oportunidades para as trabalhadoras.

Desde seu lançamento, em 2022, o projeto orientado pelos professores Vinicius Cassol, da Tecnologia, e Vanessa Kopp, da Educação, já promoveu capacitação a cerca de 100 trabalhadoras, divididas em três turmas no campus FAPA. A expectativa é que, nesta etapa, 180 mulheres participem das atividades, entre as cinco cidades. “Este programa sinaliza fortemente o comprometimento da UniRitter e da Ânima com a sociedade, através das atividades de extensão. Com uma abordagem empática, nossos alunos desenvolvem e entregam ações que contribuem diretamente com a comunidade envolvida. A alfabetização digital gera pertencimento social e empodera as participantes”, aponta Cassol.

Para Samara Leal, gestora da Ânima Lab Hub, o projeto visa não apenas a transformar a maneira como essas mulheres se relacionam com o mundo digital, mas também a abrir novas portas de oportunidades no mercado de trabalho. “A iniciativa teve início por conta da exclusão digital enfrentada por muitas trabalhadoras. Vamos oferecer suporte para que elas consigam navegar no universo digital com confiança. Com essas competências, elas não ampliam apenas perspectivas de emprego, mas também ganham a capacidade de interagir, participar e influenciar nas esferas digitais”, destaca. Mais informações no site mulherestech.animahub.com.br.