Clínica de Direitos Humanos conecta estudantes do Centro Universitário a atividades do projeto Defesa Periférica, unindo forças na busca de soluções às demandas da população periférica

A UniRitter e o projeto Defesa Periférica iniciaram neste semestre uma parceria que resultou na ampliação do projeto de extensão Clínica de Direitos Humanos (CDH), destinado a estudantes dos cursos de Direito e Psicologia da instituição. O projeto visa, em conjunto, proporcionar acesso à justiça social em territórios de vulnerabilidade socioeconômica, além de fornecer suporte socioemocional sobre casos que demandem atenção psicológica. No sábado, 23, das 10h30min às 12h30min, alunos do centro universitário e voluntários do Defesa Periférica realizarão mutirão de atendimentos jurídicos na Vila São Pedro, em Porto Alegre, como ação prática do CDH.

O CDH é um projeto extensionista contínuo do curso de Direito da UniRitter que ocorre desde 2020, positivamente destacado no percurso das clínicas jurídicas no Brasil. Porém, os atendimentos eram realizados nos campi do centro universitário. A partir deste semestre, por meio da parceria do projeto social Defesa Periférica, que iniciou suas atividades em 2023, a etapa prática passa a ser realizada diretamente nas comunidades.

As ações ocorrem aos sábados por ser o dia da semana no qual a maior parte dos moradores está no bairro. “A parceria veio em grande momento, pois nos possibilita ampliar o número de atendidos, considerando que teremos mais assistentes para realizar a escuta ativa e o acolhimento. São diversas as demandas assistenciais e sociais, a exemplo de pensão, regulamentação de guardas, auxílio doença, vaga em creche, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), acessos à saúde, medicação”, explica a advogada Gabriela Jardim, diretora acadêmica do Defesa Periférica.

Além do benefício direto à população, o projeto possibilita aos estudantes contato com necessidades do dia a dia das comunidades, em atividades de campo com atendimentos integrados e discussões, em sala de aula, dos casos que merecem mais atenção coletiva. Em grupo, haverá as definições das melhores soluções para cada situação, se via esfera administrativa ou judicial, e avaliação de quais necessitam de atendimentos psicológicos em paralelo às demandas jurídicas.

“Durante o período da enchente, no trabalho do abrigo da UniRitter, as demandas de auxílio jurídico eram muitas. Percebemos que, praticamente, não existe um esgotamento nessa área, e a população mais vulnerável é carente dos serviços, necessitando que se vá até elas para receberem a devida atenção. Com o auxílio do Defesa Periférica, proporcionamos oportunidade aos nossos estudantes de vivência de problemas reais que permitam a eles o desenvolvimento da cidadania e da responsabilidade social”, acrescenta a professora Karina Fernandes, coordenadora do CDH.